A gente não devia perder nunca a capacidade de encantamento que as crianças têm. Hoje, durante o café-da-manhã, meu filho me pediu para ensiná-lo a estalar os dedos.
_ É assim, ó _ gesticulei. _ Você junta o dedão com o terceiro dedo e esfrega um no outro.
Ele repetiu meu gesto, tentou duas, três vezes. Na quarta, um “plec” bem baixinho. Ele me olhou, encantadíssimo.
_ É claro que funciona, filho. Agora, você só precisa praticar.
Fomos até a escola praticando. Chegando lá, ele entrou correndo na classe e anunciou:
_ Vocês precisam ver o que eu aprendi!
Seis ou oito amigos se aproximaram depressa.
_ Ó! “Plec, plec, plec.”
Seis ou oito pares de olhos se arregalaram, depois sorriram e depois, absolutamente espontâneos, eles bateram palmas. Palmas! Palmas sinceras e entusiasmadas para o amigo que aprendeu a estalar os dedos.
Em que momento será que a gente perde isso, hein?
14 comentários:
deve ser qdo alguém fala pra vc 'o que os outros irão pensar de vc?'
acho que é aí que nos perdemos.
bj
e pro Montanha um monte de plec!
me perguntei exatamente isso, quando vi tres meninos andando de trem com a mae, e olhando abismados pela janela... em que parte da vida perdemos esse encantamento?
É divino ver a natureza/continuidade da vida:)
Somos felizes por transmitir algo para nossos "pedaços" que "continuarão na terra".
Parabéns novamente....
Estou encantada! Palmas pra você!
Bjs. Rosana.
Que lindo, Ana!
Que lindo....
Sabe, não sei por quê, mas a cada dia aguça mais minha vontade de ser mãe! Ai, meu Deus...!
(minha mãezinha sempre me falou pra eu ter zêlo com meus desejos, pois os anjos dizem amém).
Mas voltando ao post, minha vontade de ser mãe se aguça por causa desta belezura que é a pureza infantil...Ela resgata coisas dentro de mim muito valiosas!
Parabéns pelo seu Montanha e pela ME!
Bjs.
A resposta é simples.
Perdemos isso em um estalar de dedos.
Que legal poder dividir esses momentos de descoberta com um filho!
Acho que a gente não perde essa capacidade de encantamento, apenas finge que não a tem para poder brincar de adulto. O problema é quando a gente finge por muito tempo e acaba acreditando na farsa.
Esse é o Montanha- vou logo logo ensinar a ele outras coisas, num estalar de dedos....rsss
Luci,
O pior não é a gente se perder. Mais triste ainda é a gente não se encontrar nunca mais. Maldita autocrítica, né?
Dou sim, pódeixar.
Ana,
A vida maltrata, mas a gente não pode desistir nunca. De repente, se a gente procurar beeeem direitinho, ainda encontra o encantamento por aí.
Cassio,
A transmissão de conhecimento é sempre um grande prazer, né?
'Brigada.
Rosana,
Vou transmitir os parabéns. 'Brigada.
Vivi,
Como dizem nos filmes americanos, "it's your biological clock!"
A maternidade é uma experiência divina, querida. A mais rica da vida. O amor que se tem por um filho é o maior amor do mundo. Não se compara a nada que você já tenha vivido ou experimentado.
Acho que todo mundo devia ter pelo menos um filho nessa vida. Filhos ensinam generosidade, ensinam desapego, ensinam a dividir e ensinam a gente a resgatar - mesmo que pr alguns momentos - esse encantamento.
Ponha no planejamento plurianual, querida.
Rods,
Coisa triste, né?
Thales,
Eu não quero mais brincar de adulto. Posso ir embora?
WW,
Moderação nesses ensinamentos. Muita moderação.
Que lindo..... percebemos como é triste ser gente grande....
beijo
Ana, que lindo!!!!
Tô fazendo exercícios, treinando mesmo!, pra recuperar esta incrível capacidade.
Beijo!
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