quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Pequeno Macho das Cavernas

_ Eu queria ser um homem das cavernas...

_ Por quê meu filho?

_ Porque era muito mais legal no tempo das cavernas.

_ Ah, é? E como é que você sabe?

_ Eu vi num livro.

_ Você sabe que no tempo das cavernas não tinha cama, nem travesseiro, nem cobertor?

_ Dãããns! Claro que sei. Eles dormiam em camas de pedra, né?

_ Mais ou menos. Dormiam no chão duro, frio e úmido e se cobriam com umas peles fedidas. Não devia ser nem um pouco confortável.

_ Mas era mais legal.

_ Você acha mesmo? Já pensou que não tinha televisão, nem mesa, nem prato?

_ Eles comiam com a mão?

_ É, filho. Com as mãos.

_ Iraaado!

_ Irado, mas depois eles ficaram grudentos e gordurentos e não podiam tomar um banho gostoso de água quentinha, como você toma. Ficavam sujos mesmo. Até porque, não tinha chuveiro, nem shampoo, nem sabonete.

_ Mas eles podiam caçar com faca.

_ E você pode usar faca, meu filho. Todos os dias, à mesa. Agora, eu não vou permitir que você fique sacudindo uma faca pela casa durante o dia. Pode esquecer.

_ E você também não me deixa fazer fogueira.

_ É verdade. Não deixo. Principalmente no seu quarto.

_ E nem me deixa caçar...

_ Você não tem idade para caçar.

_ Quando eu tiver, você deixa?

_ Podemos negociar isso.

_ Com faca?

_ Vamos ver... Só uma perguntinha: se você for caçar com faca, pretende caçar o quê, exatamente?

_ Ah, mamãe, o que eu conseguir pegar, né? Um coelho, um pombo, um mamute!

_ Pombo nem pensar, porque eu odeio pombo. Coelho, eu duvido que você tenha coragem porque é você mesmo quem diz que coelhinhos são fofinhos. Agora, digamos que você encontre um mamute para caçar. Quem, em nome de Deus, vai limpar esse monstro?

_ Você, ué!

_ Eu???

_ É. Se eu for um homem das cavernas, você vai ter que ser uma mãe das cavernas.

_ Mas eu não quero ser mãe das cavernas!

_ E se eu te obrigar?

_ Você não pode me obrigar, filho. Primeiro, porque eu sou sua mãe. Depois, porque eu sou mais velha, maior e mais forte e, finalmente, porque quem manda aqui sou eu.

_ Saco!

_ Saco?

_ É. No tempo das cavernas era muito melhor porque quando as mães das cavernas não queriam fazer alguma coisa, os homens das cavernas arrastavam elas pelos cabelos e pronto. Tem até um desenho aqui, ó!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Origens

_Mamãe, em que ano você nasceu?
_ Mil novecentos e sessenta e nove, filho.
_ Antes ou depois de Cristo?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Gosto é gosto

_ Mamãe! como você tá linda! 

_ Nossa, filho, obrigada.

_ Adorei seu sapato.

_ Adorou, meu filho? Que bom! É novo.

_ É lindo, você fica parecendo um palhacinho com ele.

_ PALHACINHO?

_ É. Um palhacinho bonitinho.

_ Mas por que você acha que eu pareço um palhacinho? Primeiro que isso não é um sapato, é uma sandália. É depois que é preta. Não tem nada de palhacinho aqui.

_ Tem sim. O pompom!

_ Isso não é um pompom, menino. É uma flor. Uma rosa!

_ Rosa preta?

_ É. Uma rosa estilizada.

_ O que é estilizada?

_ Disfarçada.

_ Ah, entendi. Uma rosa disfarçada de pompom de palhacinho.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sim, teve dancinha.

Com mãozinhas.

Ensinamentos

Ele tinha mais de oitenta anos.

Ela mal chegara aos sessenta.

Ela tinha mais de oitenta quilos.

Ele nunca ultrapassara os sessenta.

Ela vendia saúde.

Ele vendia a alma ao demônio para comprar remédios.

Ainda assim, quando o chão lhe faltou, foi a ele – e só a ele – que ela recorreu.

E apesar da diferença de mais de vinte – anos e quilos – , ele a amparou como um bravo.

Como sempre.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Cardápio

Tem gente que gosta de associar a passagem do tempo a músicas. Há os que associam a modismos ou a novelas. Eu associo a comidas. Tenho pratos intimamente relacionados a épocas da minha vida, a ocasiões e a pessoas. E considerando que o olfato é o sentido com mais memória, sou capaz de lembrar de alguém que não vejo há anos, com requinte de detalhes como o olhar, a roupa ou o perfume, só de estar diante de um prato alusivo a essa pessoa. É bom. É uma forma de matar a saudade. Mas ainda mais divertido, é atribuir sabor à vida e aos dias.

Tem os Dias Chiclete de Tutti-fruti, em que me permito brincar e ser criança com meus filhos.

Os Dias Espaguete à Bolonhesa alimentam o corpo e a alma e me deixam com uma sensação de plenitude.

Os Dias Pizza são descontraídos e divertidos até a manhã seguinte.

Os Dias Bomba de Chocolate deixam lembranças doces e delicadas que duram por muitos anos.

Os Dias Filé ao Molho Marsala são fortes, intensos e vigorosos. Às vezes queimam a língua, mas sempre valem a pena.

Os Dias Pimentão com Pele são difíceis de esquecer. No mau sentido.

Nos Dias Alface com Molho de Alcaparras, bem como nos Dias Aspargos, eu me cuido, cuido do corpo e saio com uma sensação de leveza.

E é claro que há os Dias Chuchu que, a exemplo dos Dias Tofu e dos Dias Ricota, eu procuro fazer o mínimo indispensável e espero passar como se nunca tivessem existido.

Hoje é sexta-feira. Hoje tem filme novo pra assistir. Hoje tem passeio noturno, drinks e namorado. Hoje tem filhos saudosos voltando de viagem. E amanhã tem show do Elton John (sim, eu vou ao show. Sim, eu sei que vai passar ao vivo na TV, mas eu sou velhinha e GOSTO do Elton John. Sim, eu sei que é brega, mas eu nem ligo. Sim, eu vou cantar, e dançar, e balançar os bracinhos. E, siiiiiim, I’m proud of it!). Por tudo isso, hoje, definitivamente, é um Dia Cheeseburguer de Picanha malpassado com Milk Shake de Chocolate.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Limites

_ Mamãe?

_ Sim, filha.

_ Algum dia você vai desistir de mim?

_ Imagina, filha! Isso é pergunta que se faça?

_ Mas você vai ou não vai?

_ É claro que não, meu amor. Quando as mães engravidam, recebem junto uma dose de imunização contra desistência. Dura a vida toda. Mães não desistem NUNCA.

_ Então você não vai desistir.

_ Não vou.

_ Mesmo que eu seja malcriada?

_ Mesmo.

_ Mesmo que eu seja rebelde?

_ Mesmo. Eu era super rebelde e sua avó não desistiu de mim.

_ Mesmo que eu faça alguma coisa que você não goste?

_ Hmmm... tô ficando tensa com essa conversa, filha. O que você fez?

_ Nada, mamãe! Juro!

_ Ok.

_ Mesmo que eu vá mal na escola?

_ Mesmo, mas graças a Deus, você vai super bem, né?

_ Vou. Mesmo que eu tenha um surto, entre em transe, seja abduzida por venusianos mutantes?

_ Hmmmm... acho que mesmo assim, eu não desisto de você.

_ Mesmo que eu estrague aquela blusa que você adora e que tem há anos da primeira vez que você me emprestar?

_ O quê??? Você estragou aquela blusa que eu adoro e que tenho há anos da primeira vez que eu te emprestei??? Ah, menina, às vezes eu tenho vontade de desistir de você.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Finitude

_ Mamãe?

_ Sim, meu filho.

_ É verdade que tudo morre?

_ Tudo o que é vivo, morre um dia.

_ Os vulcões morrem?

_ Os vulcões não são vivos, mas um dia eles se extinguem. Param de soltar fumaça, lava e tudo o mais.

_ Ah. Os bichos morrem?

_ Morrem.

_ Todos?

_ Todos.

_ E as pessoas?

_ Também morrem.

_ Demora?

_ Depende da pessoa, filho. Tem gente que só morre beeem velhinho. Tem gente que fica doente ou que sofre um acidente e que morre mais cedo.

_ Ah. E você?

_ Eu o quê?

_ Vai morrer?

_ Vou, filho, mas vai demorar muito.

_ Quanto?

_ Não sei, mas a mamãe se cuida e você não precisa ficar preocupado com isso.

_ Quando você morrer, eu posso ficar com aquele cinto brilhante pra fazer uma espada de luz?

_ Se você ainda quiser uma espada de luz quando eu morrer, pode.

_ Eba! Tomara que não demore.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Vrrrrum... tuc!

No fim de semana, colocamos o skate do meu filho no porta-malas do carro para tentar usar no clube. Choveu o tempo todo e tivemos que adiar o programa, mas o skate ficou lá. E sempre que eu faço uma curva, ouço um vrrrrum... tuc!


Dia desses, abri o porta-malas, escorei o skate com as joelheiras, as cotoveleiras e o capacete e prendi tudo bem presinho. Duas curvas depois, vrrrrum... tuc!


Fiz um anotação mental pra tirar o skate de lá (ou pelo menos, para virá-lo ao contrário), mas desisti. E não é que o barulho me lembra as férias, o clube e as horas mágicas passadas com esse menininho que cresce feito capim e que em muito pouco tempo vai querer as chaves do carro e não só um espacinho no porta-malas?


Deixa o skate lá. Vrrrrum... tuc!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Simples

Saudade de quando eu era filha em vez de mãe.


Era bom olhar para as férias e neeem ver o final. Enjoar de tanto assistir Festival Jerry Lewis na Sessão da Tarde (e depois Sessão Aventura, e depois Sítio do Pica-pau Amarelo, e depois novela das seis...). Brincar a ponto de não saber mais do quê. E olha que nem existia videocassete, DVD, Wii, mini game, WiFi, iPod... Era bom poder ir dormir mais tarde; tomar Coca-Cola de litro na garrafa de vidro – dava um trabalho dos infernos levar os cascos pra devolver no supermercado, mas a gente nem ligava – comer leite condensado misturado com Nescau sem contar calorias; fazer bolo de tarde e comer ainda quente. Como era bom...


Hoje que eu sou mãe, as férias são multiplataforma e multitarefa. Tem que ser tudo programado, agendado e articulado antecipadamente. É como se o ócio puro e simples tivesse virado pecado. Xi! Parece que tem uma brecha entre a terceira e a quarta semanas de férias! O que a gente pode encaixar? Que tal não encaixar nada? Que tal deixar o acaso se encarregar dos dias e o sono se encarregar das noites? Que tal experimentar um pouco de tédio? E se livrar do peso de ter que se divertir a qualquer custo? Aliás, tem coisa mais enervante que monitor de hotel que passa o dia inteiro cutucando os hóspedes para jogar vôlei, futebol, tênis, fazer aula de hidro, campeonato de truco, de peteca, de biriba? Moço, deixa eu ler meu livro, pelamordedeus. Mas a senhora TEM que se divertir. Mas eu estou me divertindo. Juro por Deus. Larga do meu pé, por caridade...


E parece que a gente vai ficando mais complicado com a idade. E que cada vez precisa de mais coisas; de superproduções mais elaboradas, até atingir o ápice do absurdo lá pelos quarenta ou cinquenta anos para então, com a bendita sabedoria, reaprender a novamente relaxar e a simplificar a vida.


Meu filho de seis anos amarra uma toalha de prato no pescoço e faz capa de super herói; amarra no ombro e faz toga romana; prende na cintura e faz kimono. Aí, prende um cinto na cintura ou nas coxas e usa pra segurar armas de brinquedo que ele monta com pecinhas de plástico. Os almofadões da cama são inimigos de karatê, que ele abate sem dó com golpes muito particulares. Tudo sem sair do próprio quarto. Outro dia, cheguei em casa e tinha um barbante pendendo de um prego lááá no alto da parede, provavelmente resquício de algum antigo morador. O que é isso, filho? Uma corda, mamãe. Pra eu escalar esse vulcão terrível.


É bom quando é simples, né? Que saudade...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Filme de macho

_ Mamãe, eu queria pedir uma coisa...

_ Claro, filha. O que é?

_ Queria que você parasse de alugar filme de mulherzinha pra mim.

_ Ok, eu paro. Mas que fique registrado que eu só alugo filme de mulherzinha porque você pede.

_ Eu sei.

_ É que quando eu falo que um filme é legal, você sempre quer saber se acaba bem, se o mocinho presta ou se é um verme, se a mocinha sofre muito, se tem alguma rival peçonhenta...

_ É verdade, mas é que esse ano eu quero me dedicar a filmes mais de macho.

_ De macho, filha?

_ É, mamãe.

_ Tipo Chuck Norris, Jean-Claude Van-Damme, Steven Seagal…?

_ Steven Seagal não é aquele que você diz que é péssimo e que só tem uma expressão facial?

_ Na verdade, duas expressões, filha; porque às vezes ele pisca os olhos. Mas é esse mesmo.

_ E você não diz que é ruim?

_ É péssimo, mas você não quer filme de macho?

_ Quero. É que eu estava pensando naquele moço, o Ricky...

_ Que Ricky, menina? Ricky, no meu tempo, era nome de Menudo e Menudo não era coisa de macho, não.

_ Não é esse, mamãe! É aquele Ricky, o lutador.

_ Rickson? Gracie? Do Jiu-jitsu? Aquele que morreu de overdose? Ou foi o irmão dele...? O filho, talvez...

_ Nãããããão. Aquele do boxe...

...

_ Hmmmm... Rocky, filha?

_ Isso!

_ Rocky Balboa, o Garanhão Italiano?

_ Deve ser...

_ Filha, pelamordedeus, não me envergonhe! Como é que você, sangue do meu sangue, com uma mãe que praticamente ganhou o Cinturão Honorário dos Pesos Pesados por Afinidade com o Esporte, confunde Rocky com Ricky?

_ Ah, mamãe; sei lá!

_ Filha, eu vi esses filmes tantas vezes, que saía do cinema com a roupa respingada de sangue! Tinha ódio do Apolo! Passei um mês de luto quando o Mickey morreu; comprei um moletom com capuz só pra correr de madrugada cantando The Eye of the Tiger???!!!

_ Então, aluga pra mim.

_ Vou alugar, mas tem que assistir com respeito, viu? Toalha em volta do pescoço, copo com meia dúzia de gemas cruas pra matar a sede, vaselina para os cortes no supercílio e um balde no canto do ringue – digo, do quarto – pra cuspir entre os rounds.

_ Credo, que coisa violenta...

_ Violenta? Você não quer filme de macho, filha? Então, agüenta. Senão, vira coisa de mulherzinha. Aí, em vez de Rocky Balboa, fica mais pra Ricky TáBoa, boxeador-glamour que, depois de levar um cruzado de direita no nariz, foi fazer plástica na Suíça e aproveitou pra mudar de sexo. De volta aos EUA, adotou novo nome, virou O Pequeno Pônei de Lausanne, só luta de shorts de lamê e luvas rosa e ganhou todos os cinturões dos Pesos Pluma (e Paetês).

_ Tem isso, é? Gostei, mamãe. Pode alugar esse também. Sizóóóga, Ricky!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O que são seis trogloditas dentro de dois carros?

Saí de manhã no horário normal para o trabalho. O ritmo ainda é diferente; tem muita gente de férias e quem já voltou – ou nem saiu – ainda está se acostumando com a ideia do novo ano. Subi a rampa da garagem e peguei na pista da direita para contornar o quarteirão habitual. Excepcionalmente sem pressa, prestei atenção no que diziam no rádio, troquei de estação e freei a tempo de não ser gravemente abalroada por uma Blazer branca em disparada, pilotada por quatro chimpanzés de óculos e ternos escuros. Antes mesmo de formular um palavrão à altura da grosseria, uma segunda Blazer – essa, pilotada por apenas dois orangotangos – cruza a minha frente em disparada. Escolta, pensei, só pode ser. Era. Um pouco adiante, já virando a esquina, uma Maserati preta – não aqueles pretos brilhantes, polidos até parecerem um espelho, mas um preto estranho, meio opaco, que me lembrou um daqueles kits de carrinho de montar, quando a gente usa a tinta spray errada. Deve estar na moda; eu é que estou por fora...


Deu vontade de emparelhar com uma Blazer e puxar conversa:

_ Ei, moço, você usa esses óculos escuros com esse tempo horrível porque é mau mesmo ou só pra gente pensar que você é mau?

_ Ei, moço, vocês são gêmeos?

_ Ei, moço, tem uma migalha de pão grudada no seu dente!

Preferi deixar pra lá.


As duas Blazers fecharam mais um carro, cantaram pneu e foram parar atrás do carro chique com uma freada brusca. Só que em São Paulo, mesmo tendo uma Maserati e duas escoltas para sair pela manhã, você é obrigado a dar a volta no quarteirão, como todo mundo. Assim, fui seguindo aquele comboio tenso por mais três ruas, até que tive a chance de parar ao lado do carro chique. É evidente que não vi nada porque quem tem um carro assim, usa Insulfilm com opacidade de 100% e deve pilotar aquele troço com o auxílio de instrumentos, como os pousos na chuva em Congonhas que quase sempre dão certo.


O sinal abriu e eu segui, livre como um rouxinol, no meu velho bólido prateado pelas ruas pouco congestionadas da cidade. Pelo retrovisor, ainda tive a chance de ver o dono do carro opaco mudar e pista, obrigando as duas Blazer a fazerem novas barbaridades para acompanhá-lo. Concluí que não deve ser uma vida boa, não. E se der vontade de passar despercebido por algum lugar, tipo no Mc Donald’s só pra comprar um sundae de chocolate? E se der vontade de emendar uma sessão de cinema na outra ou de dormir na casa do namorado? Deve ser muito chato mesmo ter que dar satisfação da própria vida o tempo todo para pelo menos seis trogloditas. Principalmente se você for grande, e poderoso, e tiver dinheiro suficiente para pagar seis brutamontes, duas Blazer e uma Maserati com pintura que parece que não deu certo. Eu, hein?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Mais e menos

Esse ano eu vou...


Rir mais

Arriscar mais

Esperar menos.

 

Falar menos

Pensar menos

Ouvir mais.

 

Comer melhor

Dormir melhor

Sonhar direito.

 

Andar mais

Escrever mais

Deixar por menos.

 

Brigar menos

Sofrer menos

Desfrutar mais.

 

Ser uma mãe melhor

Uma amiga melhor

Uma mulher melhor

 

Abrir mão dos excessos

E me ater ao essencial.

Ao que nutre e eleva.

Mais ao conteúdo

Menos à forma.

 

Porque esse ano – e só esse – eu vou fazer 40 anos.