_ Mamãe, coelho da Páscoa existe ou não existe, afinal de contas?
_ Depende, filho.
_ Como assim, “depende”? Ou existe, ou não existe.
_ Você quer que ele exista?
_ Quero, mas eu acho que não existe.
_ E por que você acha que não existe?
_ Porque um menino na minha escola disse que não existia.
_ Talvez, para ele, não exista. Mas pode existir pra você.
_ Mesmo?
_ Mesmo.
_ Até quando?
_ Até quando você quiser.
_ Mas se o Coelho da Páscoa não existe, a Fada do Dente e o Papai Noel também vão deixar de existir, né?
_ Provavelmente.
_ Chato, né?
_ É, filho. Muito chato.
_ Se eles deixarem de existir, eu vou deixar de ganhar ovos de Páscoa e presentes no Natal e quando cair um dente?
_ Não.
_ Mas aí é você quem vai me dar, né?
_ Exatamente. Eu e outros adultos.
_ Acho que prefiro que eles existam mais um tempinho.
_ Eu também, filho. Definitivamente, eu também.
4 comentários:
Eu também!!!
Pois eu acreditei em Papai Noel até os 9 anos e não tenho nenhum "problema psicológico" por isso. E viva a infância...
Eu também!
Viva a pureza!
Quero acreditar mais um tempinho também, igual ao Montanha!
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