quinta-feira, 28 de abril de 2011

Papo de outro mundo

_ Mamãe, o que é dimensão paralela?
_ Xi, filho! Como é que eu vou te explicar? Isso é um conceito tão abstrato...
_ O que é abstrato?
_ É uma coisa que não é palpável.
_ O que é não palpável?
_ Uma coisa não palpável é uma coisa conceitual.
_ O que é conceitual?
_ Caramba, Pedro. Conceitual é algo que não é concreto.
_ Saco.
_ Saco?!
_ É. Antes eu não sabia uma coisa. Agora, eu não sei quatro. Você só me confunde, mamãe!


6 comentários:

Cassio Soares disse...

Isto mesmo!

O garoto esta começando a pensar como um descendente dos gregos.

"Só sei que nada sei"

Ana Téjo disse...

Cassio,
Eu também, ou melhor, nem eu.
Ah... não sei!

Rubi disse...

LOL

Adauto disse...

Isso me fez lembrar uma amiga...

A filhinha dela com uns três pra quatro anos de idade, aprontou uma e levou um tapinha com direito a bronca:

"Filha, não obstante você ainda seja pequena, você não pode fazer isso!"

Pronto!

Choro duplo.

Além de chorar por ter aprontado, também passou a chorar por ser uma "não obstante"...

(É lógico que custou pra entender o porquê de tanto choro...)

Carlos Kurare disse...

Ana,

Criança fala cada uma, mas também, não é pra menos, pois ouve cada uma dos adultos!
Gostei do comentário do Adauto, é verdade “não obstante” certamente pode traumatizar uma criança ou até mesmo algum incauto iletrado!
Crianças são lagartas que podem tornar-se delicadas borboletas ou assustadoras mariposas, mas é claro que todas têm seu papel na natureza e creio que os pais têm um papel especial, mas não definitivo, nesse processo metamórfico.
Adorei a postagem mas pelas minhas contas o Pedro ficou com 5 e não 4 dúvidas. Um abraço!

"Toda lagarta é uma borboleta em potencial!"
Carlos Kurare

Ana Téjo disse...

Carlos,
O Adauto, advogado que é, tem histórias incríveis no blog dele. Vale a pena acompanhar.
Você tem razão sobre as crianças e o que elas podem se tornar. Só não é fácil para nós, pais, vivermos com o peso da responsabilidade de estragar, em definitivo, outro ser humano. Prefiro acreditar que seremos estragados de uma maneira ou de outra e que isso, no frigir dos ovos, nos tornará melhores.
Quanto à conta das dúvidas, contei, recontei e continuo chegando em quatro mas, até aí, matemática nunca foi o meu forte...

Ana