_ Mamãe, o que é dimensão paralela?
_ Xi, filho! Como é que eu vou te explicar? Isso é um conceito tão abstrato...
_ O que é abstrato?
_ É uma coisa que não é palpável.
_ O que é não palpável?
_ Uma coisa não palpável é uma coisa conceitual.
_ O que é conceitual?
_ Caramba, Pedro. Conceitual é algo que não é concreto.
_ Saco.
_ Saco?!
_ É. Antes eu não sabia uma coisa. Agora, eu não sei quatro. Você só me confunde, mamãe!
6 comentários:
Isto mesmo!
O garoto esta começando a pensar como um descendente dos gregos.
"Só sei que nada sei"
Cassio,
Eu também, ou melhor, nem eu.
Ah... não sei!
LOL
Isso me fez lembrar uma amiga...
A filhinha dela com uns três pra quatro anos de idade, aprontou uma e levou um tapinha com direito a bronca:
"Filha, não obstante você ainda seja pequena, você não pode fazer isso!"
Pronto!
Choro duplo.
Além de chorar por ter aprontado, também passou a chorar por ser uma "não obstante"...
(É lógico que custou pra entender o porquê de tanto choro...)
Ana,
Criança fala cada uma, mas também, não é pra menos, pois ouve cada uma dos adultos!
Gostei do comentário do Adauto, é verdade “não obstante” certamente pode traumatizar uma criança ou até mesmo algum incauto iletrado!
Crianças são lagartas que podem tornar-se delicadas borboletas ou assustadoras mariposas, mas é claro que todas têm seu papel na natureza e creio que os pais têm um papel especial, mas não definitivo, nesse processo metamórfico.
Adorei a postagem mas pelas minhas contas o Pedro ficou com 5 e não 4 dúvidas. Um abraço!
"Toda lagarta é uma borboleta em potencial!"
Carlos Kurare
Carlos,
O Adauto, advogado que é, tem histórias incríveis no blog dele. Vale a pena acompanhar.
Você tem razão sobre as crianças e o que elas podem se tornar. Só não é fácil para nós, pais, vivermos com o peso da responsabilidade de estragar, em definitivo, outro ser humano. Prefiro acreditar que seremos estragados de uma maneira ou de outra e que isso, no frigir dos ovos, nos tornará melhores.
Quanto à conta das dúvidas, contei, recontei e continuo chegando em quatro mas, até aí, matemática nunca foi o meu forte...
Ana
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