_ Mamãe, pra onde você vai?
_ Que pergunta, filho. Pro trabalho, ué! É pra onde eu vou todos os dias.
_ Olha, toma muito cuidado, viu?
_ É claro que tomo. Mas com o quê, especificamente?
_ Ora, com os vulcões e os buracos negros.
_ Mas não tem isso aqui, meu filho. Fica tranqüilo.
_ Mas você falou que o buraco negro suga tudo o que está em volta, lembra? E também contou daquele vulcão terrível que brotou do chão em uma semana. Já pensou se um rio de lava arrastar você, e você não voltar pra casa, e eu nunca mais te vir, e você morrer e...
_ Ok, filho. Eu tomo cuidado.
_ Tá. Me liga quando chegar?
_ Não.
_ Por que não???
_ Porque você vai estar na escola.
_ E como é que eu vou saber se você chegou bem?
_ Ah, filho, eu não chego todo dia?
_ Chega, mas antes eu não sabia que era tããão perigoso.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Os perigos do caminho
Postado por
Ana Téjo
às
16:36
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6 comentários:
Ai, que fofo!
E ele mal sabe da quantidade de perigo pelos quais passamos todos os dias...
Agora, faz favor, liga pra ele pra dizer que vc chegou bem, vai, o garoto vai ficar preocupado.
Pense que daqui a alguns anos é vc quem vai estar implorando para ele ligar quando chegar...
Não vai ligar, né? Depois não reclama!!! Hahaha
Beijo
(urb)Anna
Aqui em SP temos muitos buracos negros, nas ruas que pego todos os dias tem vários, e quem sofre é o pneu do meu carro, rs
Oi!
Adorei termos nos encontrado ontem. Estava com saudades de conversar contigo.
beijinhos
Seu filho falando assim de buracos negros, matéria e anti-matéria bem quando estão começando a usar aquela traquitana do LHC me deixou preocupado...
Melhor deixar ele falar da Lara Croft. Tem bom gosto, a criança.
Que pecado!
Crueldade que fazemos com as crianças.
Bj
Os diálogos com o filhote são sempre irresistíveis. Sou, obviamente, um seu leitor quotidiano.
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