quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Infestação

Falar do clima é uma coisa muito chata. Tem chavão maior do que entrar no elevador, dar um “bom dia” amarelo e, sabe-se Deus porquê, emendar um “calor, né?” Francamente! Vamos combinar que se você vive na mesma cidade que a criatura que está ao seu lado, não há outra resposta possível além de “é”. Preciso confessar que no meu bom humor matinal infinito, muitas vezes tenho vontade de responder com “calor? Não tô achando. Aliás, tô até achando fresquinho. Deve ser porque cortaram sua eletricidade por falta de pagamento e você ficou sem ventilador, não?”, mas nunca cheguei a tanto. Ainda.

Só que São Paulo está impossível: esquenta, esfria, esquenta, esfria, esfria, esfria, ferve, esfria pra caramba, tudo no mesmo dia. Não há quem agüente (talvez haja, mas não é meu caso). Hoje, por exemplo, as mesmas pessoas que estavam de casaquinho pela manhã, bufavam seminuas na hora do almoço.

Na última noite de calor dos infernos – que foi ontem, se não me engano – houve uma infestação daqueles malditos insetos voadores sem noção, que entram pela janela quando anoitece e ficam rodopiando em torno das lâmpadas. Não contentes, eles descem começam a tentar penetrar nos orifícios mais improváveis de gente séria e trabalhadora, que está tentando ganhar a vida honestamente.

Não eram nem sete horas quando o ataque começou. Um, dois, duzentos. Uma infestação. Indefesas, as pessoas começaram tentando se esquivar discretamente. Em pouco tempo, mandaram a classe pro inferno e partiram para a luta franca, na tentativa de proteger suas partes mais íntimas. Em vão. Eu mesma acho que engoli um ou dois sem querer, por mais que tenha tentado manter a boca fechada. Mas eles não perdem por esperar. Ah, não perdem, não.

12 comentários:

Anônimo disse...

E como se não bastassem essas revoadas de "siriris" (se é que estamos falando da mesma coisa), que inviabilizam uma simples corrida até o carro (lembrei-me do filme "Os Pássaros", de Hitchcock), paralelamente temos também os pernilongos, os quais permanecem escondidos dentro de suas esquifes no decorrer do dia e, exatamente quando o sol se põe, sorrateiramente dão início ao ataque à nossas veias, a começar pelas canelas e ouvidos, o que nos obriga a - como doidos - ficarmos nos estapeando...

Unknown disse...

Tecnica mais "avançada" para dar fim nas "siriluias" é colocar um prato ou uma bacia cheia d'água em baixo do foco de luz onde eles estão voando. É suicídio em massa na certa!

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk....Eu Odeio esses insetos. Aqui em Vitória é impossivel, ainda mais pq moro perto da praia....Ana, até as "Marias Fedorentas" me persseguem. É um saco!!!! Aqui tb esta um calor daqueles e a praia tá cheia de gente desocupada, mas feliz...rsrsrsrsssss, e eu aqui trabalhando.Aff!!!!
Beijos

Ana disse...

Ana,
na casa das minhas tias já aconteceram 3 invasões dessas na ultima semana, as coitadas quase morreram sufocadas de tanto veneno que usaram. :P
Essa historia da bacia de água é verdade mesmo, eles caem todos. Tem tb aquelas raquetes parecidas com as de tenis, que dão choque mortal nos insetos...é divertido hehe.

Anônimo disse...

Ana,
Para extrminas as aleluias, pegue um balde ou bacia com agua e leve até o foco. Mata todos de uma vez só.
Beijos
V

Anônimo disse...

Blog cultural. Até aqui já aprendi três nomes diferentes pr'essas pragas: siriri, aleluia e siriluia (pai siri e mãe aleluia). E dois métodos de extermínio. Aproveitando, acho que o pequeno Montanha ia adorar essa raquetinha que dá choque nos bichos, de presente do Dia das Crionç...Crianças, já pensou?
Bjs. Rosana.

Renatinha disse...

Dica de vó: coloca uma bacia d'água em baixo da lâmpada... no chão, eles são bobinho e no reflexo da luz eles caem... e morrem afogados... ótima tática pacífica e com classe... rs... bjs Re

Unknown disse...

Como disse a Virgínia, se você coloca um recipiente com água embaixo do foco de luz é certo que eles irão se suicidar. Diz a lenda, inclusive, que esses tormentos de bichos, quando perdem a "asinhas" se transformam em comedores de livros, móveis e tudo mais que estiver pela frente, devem ser parentes bem próximos dos cupins. Aqui em Jacareí tem muito disso e os desgranhentos comeram uma coleção completa da antiga Barsa da casa de uma amiga. Muita calma nessa hora.
Um abraço.

Ana Téjo disse...

Adauto,
São siriris, sim! Ou cupins com asa, se preferir.
Quando aos pernilongos, odeio. Mal começa a esquentar e eu já encho os quartos de Protector e velas de citronela e entupo as crianças de repelente.

Virgínia,
Que maravilha! Vou tentar.

Ana Téjo disse...

Claudia,
Alguém tem que trabalhar, não é mesmo?

Ana,
A técnica do afogamento com inseticida também é válida. Já usei isso com baratas.
Vou, definitivamente, tentar a bacia e ver se arrumo uma raquete dessas.

Ana Téjo disse...

Val,
Meniiiina, tá todo mundo falando dessa tal bacia. Tô até ficando ansiosas pela próxima invasão.

Rosana,
Sem dúvida que ia adorar. Ainda mais se eu conseguisse encontrar o kit com a raquete, um spray de pimenta e um frasquinho de gás paralisante.

Ana Téjo disse...

Rê,
Achei linda essa tática da bacia. Da próxima vez, eles não me escapam.

Fernanda,
É isso mesmo! São os cupins com asa! Sinto pena pela sua Barsa mas, só cá entre nós, com Internet e tudo mais, essas enciclopédias, embora lindas, viraram um trambolhão, não é? Haja estante!