_ Alô?
_ Oi. Posso falar com a Aninha Téjo?
_ Pode. Quem está falando, por favor?
_ É um amigo dela.
_ Qual amigo?
_ Ah, eu sou um "culega do culégio".
_ E você tem nome, rapazinho?
_ Tenho. Fulano.
_ Ok, Fulano. Eu vou chamar a Aninha Téjo.
_ Filha, aquele moleque de voz grossa que nunca diz o nome, quer falar com você. De novo.
_ Ai, mãe! Pára, vai...
_ Não paro, filha. Por que ele nunca quer dizer o nome?
_ Ai, mãe, sei lá. Acho que é porque ele tem vergonha.
_ Sei... tem vergonha de dizer o nome, mas não tem vergonha de ficar ligando?
_ Mãe, pára. E por que você precisa saber o nome dele?
_ Porque preciso, filha. Porque sou sua mãe. Porque pessoas educadas se identificam ao telefone. Porque vivemos em um mundo de sequestros telefônicos, sequestros relâmpago, sequestros virtuais e outras barbaridades do gênero. Porque eu quero proteger você. Porque...
_ Tá boooom, mãe.
_ Filha, quantos anos esse cara tem?
_ Ele não é um cara, mãe. É um menino. E acho que tem treze, sei lá.
_ Treze???!!! E o que um quase-homem de treze anos e voz grossa está fazendo na sua classe?
_ Ele veio do Rio, repetiu de ano... mãe, pelamor... deixa eu atender antes que ele desista de esperar.
"Culega do culégio", hein? Pois sim.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
O "culega"
Postado por
Ana Téjo
às
10:15
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18 comentários:
hahahaha...
ME recebendo telefonemas de "quase-homens" de voz grossa e vc já na ponta dos cascos, preocupação, proteção (ciúme??)...
xiiiii.... "veio do Rio" é um perigo. Repetente, ainda por cima? Eu também estaria preocupada.
Ana,
lembre-se que vc tb já foi uma Aninha, um dia. Aposto que tinham vários "culegas do culégio" que ficavam atormentando seus pais.. ;)
Beijos
Dureza esta História de cresce, hein amiga?!
O bom desta História é que estamos aqui para fazer parte dela ... de uma maneira ou de outra
Abraços
Como conterrânea vou ter que ir em defesa do moleque né? hehehehe!!
Carioca é tudo bobão, nem precisa se preocupar muito... mas sem deixar de ficar de olho é claro!!
Beijos!!
pois então... aqui a coisa já tá mais adiantada - para meu desespero!
e o kulega é do kumon!
meus sais, por favor!
e ela é a cauda da mãe!
bj!
Essa "preocupação" todo é pq o menino tem 13 anos e voz grossa???rs. Quero ver qdo ela tiver 16 e ele tbm...rs.
beijos
Mary
MH,
Não é ciúme, não.
Tô só marcando junto pro sujeito perceber que a princiesa não é filha de chocadeira. Humpf!
MC,
Nem me fala, nem me fala. Esses homens experientes, repetentes... Aff!
Ana,
Fui infinitamente pior que ela. Bem que minha mãe disse que eu iria pagar...
Lana,
Bota dureza nisso. Mas fazer parte da história será um prazer (embora eu tenha o pressentimento de que nem sempre ela vá achar isso!).
Jade,
Bobão, é? Com aquela voz de tenor?
Luci,
Me inspirei em você para escrever esse! O "culega de kumon" também tem voz grossa? Já rolou um solinho? Aff!
Mary,
Essa velha tia que vos escreve há de estar por aqui quando você tiver seus filhos...
Rsrs...Ah!Ana...sei como eh a preocupação..Mas não fica falando assim não, pq pelo q minha mae fala e agora vc...nem sei se quero ter filhos...hehehe!
beijosssss
Ah!!!
Mary
Elis Regina dizia...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais....
:)
Mary,
É um brinquedinho para a vida toda.
Cassio,
Os pais não mudam. Nem os filhos.
Fui uma adolescente tão boazinha... mas mesmo assim minha mãe me perseguia até em sonhos! rs
Acho que, se pudesse, até hoje ela estaria fazendo isso. E perguntando quem é o sujeito de 32 anos que está do outro lado da linha. :-)
As mães são mesmo incríveis. Serei assim também, tenho certeza. :-)
Beijos.
13 anos? Ok.
Voz grossa? Até vai.
Carioca? É melhor tomar cuidado com esses caras.
Dani,
Eu não fui uma adolescente nada boazinha. Aliás, acho que não fiquei boazinha nem depois de adulta.
Rods,
Nem me fale. Além de precoce, o cabra é carioca!
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