terça-feira, 22 de maio de 2007

Isso lá é nome?

Era o nome da minha primeira escola, no começo da década de 1970, láááá no século passado. Era uma escola pequena, que ia até o pré-primário e não devia ter nem cem alunos.

De bom, tinha uma pitangueira imensa no pátio (ou assim me parecia, aos três ou quatro anos de idade), onde os “grandes” subiam para apanhar frutinhas e os pequenos ficavam embaixo, pegando o que caía.

Também tinha umas janelinhas sem vidro, por onde os pequenos como eu, conseguiam passar para fugir dos grandes como a Valéria – incrível como esse tipo de informação absolutamente inútil fica armazenado na memória –, uma pirulona sádica de uns seis anos, cem quilos e um metro e oitenta de altura, cujo único objetivo na vida era perseguir outras crianças pelo pátio.

De excelente, tinha a sala do mimeógrafo, cheirando permanentemente a álcool e a tinta, de onde saíam maravilhosas páginas hiper saturadas de roxo com as lições. Lembro de algumas vezes em que as páginas, recém saídas do mimeógrafo, vinham ainda úmidas para a classe. As primeiras do lote vinham tão saturadas, que mal dava pra ler o que havia escrito nelas. Ainda bem que ninguém sabia ler mesmo, de forma que não fazia a menor diferença. Eu adorava o cheiro daquilo. Acho até, que na improbabilidade de encontrar uma página impressa em mimeógrafo hoje em dia, seu perfume me levaria diretamente para aqueles dias.

Mas havia um problema naquela escola (além a Valéria, o Godzila do parágrafo anterior): o nome. Onde já se viu, em nome de Deus, batizar uma pré escola como “Patinho Feio”? Patinho FEIO??? Uma das histórias mais depressivas da literatura infantil, seguida de perto por João e Maria. Que tipo de auto-estima se espera construir numa criança que estuda num estabelecimento chamado “Patinho Feio”?

_ Onde você estuda, menininha?
_ No Patinho Feio.
_ É. To vendo.

Ou:
_ Você já está na escolinha?
_ Estou, sim. No Patinho Feio!
_ E tem algum patinho bonito lá ou só os feios mesmo?

Ou ainda:
_ Você estuda no Patinho Feio?
_ Não. Estudo na filial, “A Madrasta Malvada”.

Não há infância que agüente. Para piorar, o uniforme, estilo Austin Powers, era formado por uma jardineira de pregas marrom (ainda bem que crianças de três ou quatro anos não têm quadris avantajados) e uma blusa xadrez de amarelo e branco. Para compor o visual, as indefensáveis botas ortopédicas que dez entre dez crianças da década de setenta usavam. E um chapéu amarelo-ovo, que deixava todo mundo com cara de pato. Além de sádicos, os diretores eram irônicos. Conta minha mãe, que todas as crianças resistiam bravamente ao uso do chapéu. Todas menos uma: eu. E minha mãe, da janela do prédio, conseguia me encontrar no meio de cem crianças no pátio porque eu era a única pata de chapéu.

Ainda bem que o senso de ridículo veio com a idade.

48 comentários:

Gastón disse...

Ana, sabe que, quando eu entrei no prézinho, tinha uma legião de crianças oriundas do tal Patinho Feio. Inclusive a menina mais bonita da classe ;0)

lenca disse...

É mesmo! Há muitas coisas que de que eu agora me lembro e penso "graças da Deus a minha mãe não me deixou fazer isto ou aquilo"...
Por aqui, na minha geração, houve uma moda (tenho até vergonha de contar) de pendurar um dente (sim, dente, daqueles que caem da boca) na argolinha da orelha...
É como dizes, felizmente ganhamos algum bom senso com a idade :-)

(Esta coisa do bom senso deve, aliás, aplicar-se também aos comentários ;-)

Cláudia disse...

Bela estudou numa Patinho Feio, na Amadora, quando morei em Lisboa!!!
O uniforme era um vestido tipo bata xadrez de MARROM e branco, pra colocar por cima da roupa.

Cláudia disse...

a fofinha da foto é você?????? adorei! beijo

Anônimo disse...

Uma vez, lá no Respira, comentei num texto seu que falava sobre mimeógrafo e concordei com vc sobre o cheirinho e tal...
Eu peguei essa fase tbm...bem no CA...rs.

Legal a lembrança!

Ah! Não adianta "não acraditar" que eu peguei essa fase...rs

beijos

Nana disse...

Gente, por que será que cismam em fazer uniforme marrom pra crianças? Lá em Brasília, quando eu era criança, tinha vários amigos em escolas diferentes com uniforme marrom. Deprê... Mas uniforme com chapéu eu nunca tinha visto.
Ah, eu também adorava o cheiro de papel recém-saído do mimeógrafo. Acho que é uma unanimidade.
Beijo

Ana Téjo disse...

Gastón,
A única coisa boa que acontece na vida do pobre do Patinho é que um dia ele cresce, né?

Lenca,
Não se envergonhe. Essa moda também passou por aqui, com um agravante: usava-se os dentes caídos no pescoço, depois de devidamente emoldurados por uma "jaqueta" de ouro. Usavam tanto os donos dos próprios dentes, quanto as mães, pra mostrar que já tinham filhos grandes. Coisa de aborígene, né? Deus me perdoe!
Bom tê-la de volta. Como anda seu pequeno presente de Dia das Mães?

Ana Téjo disse...

Clau,
Como se não bastasse o nome da escola, o nome do lugar era "Amadora"??? Pelamordedeus! Devia dar uma bruta insegurança nos pais, não?

Será que essa moda do xadrez e do marrom em uniformes era coisa da Ugly Ducks Educational Entrepreneurs Wordwide Inc.? Que medo...

E, sim, a fofinha vestida de pata feia sou eu mesma.

Ana Téjo disse...

Mary,
Não acredito que você pegou essa fase!

Nana,
Deve ser de propósito, pra abalar a auto estima desde a mais tenra idade. E não me venha algum educador dizer que é porque "marrom não mostra sujeira" porque azul marinho também não mostra e é bem mais bonito.
É uó do borogodó, não? E o chapéu, então? Afff!

Anônimo disse...

Sabia que vc nao ia acreditar...rs.
Mas Juro...peguei...um unico ano, mas peguei!

beijos

Anônimo disse...

além do uniforme marrom, toda escola tem o king kong que tortura os alunos menores: aqui eram a Ludmila e a Carla Gorda. Eu ainda vou ter dois calangos de estimação para poder batizar com esses nomes :o)

Anônimo disse...

Ana, quando eu for na minha mãe, vou levar um bloquinho e vou anotar todos os nomes das pré escolas do bairro... é um mais medonho que o outro!! rs...
E eu estudei numa "kolping", da igreja. Usava aquele shortinho vermelho com elástico nas pernas, camiseta vermelha e bamba vermelhinho! rs... eu adorava aquele uniforme!
E tô com vc e não abro no post abaixo! Coisa mais "4a série D"...

bjs!

Renata Marques disse...

aaaaaaaaaaaaaai!!!!!! que linda de uniforme de patinho! rs

é vc! é vc! é vc!

adorei!

bjos

Daniele disse...

Ana,
Pudera, com um uniforme feio como esse, só mesmo um nome desses podia combinar!

UrbAnna disse...

O nome da escola não é lá muito propício para crianças que estão começando a firmar suas personalidades, né?

Agora, me diz... O chapéu não era a parte mais charmosa, mais legal do uniforme?
Eu acho!
Aliás, nós bem sabemos que um simples acessório pode fazer um visualzinho sem graça ganhar um UP (ou pôr tudo a perder, eu sei... mas eu achei que o chapéu era o TUDO do uniforme)!

Beijo
*Anna*

Ana Téjo disse...

Mary,
Quando você nasceu, os mimeógrafos já estavam extintos há quase uma década. Se viu algum, deve ter sido em um Museu da Imprensa ou coisa que o valha.

Yara,
E por que será que a gente não esquece o nome dessa pestes, hein?
Adorei a idéia de batizar calangos de estimação com nomes de antigos desafetos!

Ana Téjo disse...

Greice,
Anote, sim, que eu vou adorar saber.
Na sua escola, iam todos de vermelho, hein? Shorts, camiseta e tênis. Devia parecer uma plantação de moranguinhos!

Rê,
Sou. Mas não espalha.

Ana Téjo disse...

Dani,
Foi o que eu disse: diretores sádicos e irônicos. Quá!

*Anna*,
O nome era uma barbaridade. Parece piada.
E, perdão, mas mesmo hoje em dia, em tempos de moda 'vintage' não consigo perdoar o chapéu. Deixava todo mundo com cara de pato, inclusive esta que vos escreve.

Anônimo disse...

Eu usei botas ortopedicas....Saco!!! Lembro até hoje o dia que fui no médico e ele disse que eu já poderia usar sandalinha....Foi tão lindo!

Anônimo disse...

Ana,
Não sei o que acontecia nestes idos tempos, 70, 80...
Comecei a estudar no Tigrinho, com uniforme amarelo amarronzado, tipo diarréia. E depois fui pro Liceu Pasteur, que tinha uniforme marrom, incluindo o tênis marrom Ortopé ou Montreal (cujo garoto propaganda era o Sílvio Santos). Este tênis Montreal era somente um pouco melhor que o KICHUTE, sabe...
Ainda bem que nos tempos atuais, o marrom se foi...assim como o ridículo.
Beijinhos!

Anônimo disse...

Que linda a foto, Ana!!!
Beijos,

Jade disse...

Minha escola da quinta série o uniforme era saia ou calça de pied-pule cinza com branco e sandália franciscana, quem pode com isso?
Eu odeio a estória do Patinho Feio também!!
Mas o chapéu até que tá fofo... hehehehe!!

Ana Téjo disse...

Claudia,
Toda criança de classe média com mais de trinta anos usou botas ortopédicas, sem exceção.
As botas ortopédicas eram naquela época, o que os aparelhos ortodônticos são hoje em dia. Nâo tinha como escapar, assim como não tinha qualquer relação com o fato dos seus pés serem chatos (ou seus dentes tortos) ou não. Eu nunca tive pés chatos (tenho outras partes chatas, mas os pés, não) e não escapei das malditas!

Vivi,
Na sua escola camuflavam as crianças de Tigrinho? Afff! Adulto é mesmo um bicho sem noção, né?

Lembro perfeitamente dos tênis Montreal "os únicos antimicrobiel". Lembro como se fosse hoje do Silvio Santos torturando as criancinhas, que eram obrigadas a repetir que a droga do tênis "não deixava entrar micóbrio... mricóbio... mircórbio.. nos pés" até ficarem roucas.

Sobre a foto, mais uma prova de que amigo é cego!

Ana Téjo disse...

Jade,
Pied de poule é mesmo um charme, mas com sandália franciscana, não tem jeito. Aliás, acho que nem hábito franciscano combina com sandália franciscana. Afff!
O chapéu tá fofo?! Amiga é amiga, não tem jeito!

Cláudia disse...

eu também amei o chapeuzinho!!! fofo de tudo!
E os coelhinhos zarolhos que a professora desenhava no canto da folha de lição de casa, MIMEOGRAFADA, pra gente pintar?

Cláudia disse...

Em tempo: eu e minha irmã estudamos num colégio que era jardineira pregueada verde bandeira, com camisa de tergal por baixo, branca de bolinhas verdes... e a gente escrevia com caneta verde, porque a diretora era fanática por verde.
De lá fomos para um cujo uniforme era grená: saia de tergal com prega macho, com blusa de tergal com dois botoõezinhos e um broche do colégio, douradinho.
Tudo de tergal, naquele tempinho ameno do ridijanêro.
Por isso que quando me pedem para desenhar uma linha de uniformes prum colégio, eu desenho um monte de coisas fashion, pras crianças ficarem contentes com o uniforme delas!
beijo

Rubi disse...

Patinho feio? Bem, demaisss...lol...

Anônimo disse...

Saia grená 10 cm acima do joelho, isto é, maria mijona. Ainda bem (?) que na minha sala tinha 30 meninas e 2 meninos. As calangas eram a Luiza e a Márcia >:[
O seu uniforme era fofo, juro!
Bjs. Rosana.

Osc@r Luiz disse...

Oi Ana,

Estou passando só pra te deixar um forte e apertado abraço no "Dia do Abraço"!

Anônimo disse...

Lá no 100querer fiquei curiosa para conhecer o seu espaço. Parabéns pela indicação! Parabéns Pensatriz!!
Adorei o texto... Ê idade boa, né não? E vc tem toda razão sobre o nome da escolinha...rssssssss!!!!
Bjos...muitas alegrias.

UrbAnna disse...

Ana,
Assim... não que eu fosse usar o chapéu nos dias atuais... Ah, mas que era fofo era, vai!!! A foto é uma graça!!!
E além do mais ele cumpria bema função, deixava vcs com cara de patinhos, mas patinhos bonitinhos e não feios!

Ahhh, sobre as botas ortopédicas, eu também usei! Assim como também sou da época do mimeógrafo, do tênis montreal, etc...
Vou contar uma coisa aqui, mas, ó, não espalhem para ninguem tá?
Teve uma época em que meu pé crescia mais que massa de pão em dia quente, e eu tinha que usar as tais botas ortopédicas.
Eu não entendia nada de finanças na época, mas suponho que o dinheiro ficou escasso lá em casa, e a bota ortopédica já não me servia mais. Adivinhem o que meu pai fez?
Cortou o bico das botas para eu poder continuar a usá-las em casa. Pode???
E o pior é que eu achava o máximo colocar a bota e ver meus dedinhos de fora...
Putz!!!
Beijo
*Anna*

mc disse...

Já vi várias escolas sem senso do ridículo pra escolher o nome... Mas tem uma lá na minha cidade que tem como porta um cogumelo gigante com uma expressão meio demoníaca...

Uma coisa assim, meio Caverna do Dragão. Pergunta: quem matricula o filho num lugar desses??

Ana disse...

Ana
o meu uniforme do pré tb era composto de camiseta, short vermelho com elastico e bamba. AI QUE SAUDADE!!
Mas o nome da minha escola não era nada alusivo à histórias infantis...era alguma coisa com o nome de alguma primeira dama..Alice Me%$#@ PIteri (esse nome do meio eu nunca soube pronunciar).
Beijo!
PS: respondi o seu comment do cachorrinho vê lá :)

MH disse...

A minha escola se chamava A Cigarrinha. O uniforme era um shortinho marrom com listras amarelas e uma camiseta amarela com a cigarrinha em marrom, e o nome da criancinha.

Ah, e outro dia conversando aqui em casa descubri que ainda tem mimeógrafos em algumas escolas públicas. Quero quase visitar o filho da faxineira só pra enterrar o nariz na lição de casa dele...

Anônimo disse...

Não estava Ana...rs]
Ó, escola pública não evolui na mesma velocidade que as outras...E eu peguei essa fase na escola publica...Como disse, foi no 1º ano do primario...depois entrou em greve e eu sair...mas eu lembro q tinha isso sim!!!rs.
beijos

Mary

Ana Téjo disse...

Clau,
Vou perguntar pra minha mãe se ela guardou o chapéu de pato. Se tiver guardado, eu te empresto com o maior gosto.
Minha professora não desenhava coelhinhos zarolhos. O máximo que ela fazia - sob merecimento - eram estrelinhas e corações. Sua professora era nitidamente melhor que a minha...
Acho que meu uniforme também era de tergal. A gente sofria, não?
Agora, VERDE DE BOLINHAS e GRENÁ? Xisus, apaga logo essa luz! Devia ser um espanto.
E, me conta: por que essa fixação por pregas, hein? Nem a Kate Moss fica esguia com uma saia de pragas-macho. Francamente...
Ainda bem que isso criou uma geração de mulheres criativas (e traumatizadas) que hoje se empenham em criar em calças bailarina de cós ultrabaixo e pernas de 1,30 e camisetas babylook, que é o que a moçada AMA, certo?

Ana Téjo disse...

Rubina,
Horrível. Patinho horrível.

Rosana,
Saia grená, de pregas e CURTA? Afff! Cada vez fica pior! Os meninos devem ter se matado no fim do ano, eu suponho.
Incrível como sempre tem um Godzila ou dois. Isso nunca falha.
Fofo??? Não. Impressão sua.

Ana Téjo disse...

Oscar,
Obrigada.

Mércia,
Eba! Obrigada pela vsita e quando quiser, apareça.
E, sim, o nome da escola era PÉSSIMO.

Ana Téjo disse...

*Anna*,
Botas ortopédicas eram uó do borogodó. Não havia visual que se salvasse com as malditas.
Espetacular a história do seu pai. É por isso que eu digo que sobreviver aos pais é uma vitória! E olha como a natureza é sábia: depois que passa, a gente não só supera, como se diverte... adorei!

MC,
A professora deve ameaçar os alunos dizendo: ó, se vocês não se calarem, a tia cozinha o cogumelo da porta e todo mundo vai ter que tomar o chá, hein? Afff! Pobrezinhos.
Quem matricula? Os pais que estudaram em lugares com nomes como Patinho Feio, ué!

Ana Téjo disse...

Ana,
Outra plantação de moranguinhos.
Vou lá ver sua resposta. É capaz de eu ter boas notícias em breve.

MH,
Ó, Pai! Quando acho que chegamos ao fundo do poço com o uniforme da Claudia, você me diz que o seu era "shortinho marrom com listras amarelas e camiseta amarela com cigarrinha e o nome da criança." Devia parecer um enxame de insetos mutantes, pelamor!
Jura que ainda tem mimeógrafos por aí?! Vou ter que pedir desculpas pra Mary, por ter duvidado dela. Se conseguir desviar uma lição do moleque, leva pra eu dar uma cheiradinha no nosso próximo almoço? A gente parece um bando de viciadas!

Ana Téjo disse...

Mary,
A MH confirmou sua tese. Eu acredito. Desculpe a titia Ana Téjo, velhinha e sem noção.

Anônimo disse...

As saias eram longuíssimas, , só aparecia um pedacinho de perna acima do joelho, e as "mudernas" enrolavam o cós pra encurtar.
Bjs. Rosana

Ana Téjo disse...

Rosana,
Entendi.
Danadinhas, hein?

Luci disse...

hehehehehe! eu não fiz pré!!!!
mas não pense que escapei das situações exdrúxulas! tem uma do parquinho que é de doer!
bj!

Luci disse...

ah! e a fofa da foto tem um perfilzinho lindo! que se manteve!

Ana Téjo disse...

Luci,
Conta pra gente a dos parquinho, conta!
E obrigada. O perfil se manteve; já os cabelos...

Rodolfo Barreto disse...

Olha, tá explicado. Eu sou oriundo da última geração que cheirou muita folha de mimeógrafo. Anos depois, fui descobrir que as páginas nunca vinham borradas. Aquilo era alucinação do álcool mesmo.

E as pernas defeituosas com botas ortopédicas? não tem mais? Fugiram com os tatu-bolas-gongôlos? A cada geração, vemos um defeito. A moda agora é depressão. Coisa que era bem resolvida com uns bons tapas e pronto: mais um curado.

Agora eu preciso defender o nome "Patinho Feio". O bicho sofre na infância, passa a adolescência com botas ortopédicas para curar pé-de-pato chato, mas crescem e ficam os mais bonitos da turma.

Através dessa teoria, podemos afirmar que todas aquelas meninas feias da sua escolinha se transformaram em modelos lindas que adoram Pequeno Príncipe e Bukovsky. O primeiro para a leitura e o segundo para equilibrar na cabeça.

Ana Téjo disse...

Rods,
"Oriundo" é um bom nome prum personagem, né? Um assim, meio contido, algo recalcado.

As pernas defeituosas que usavam botas subiram à cabeça e hoje, toda criança tem dentes impossivelmente tortos e todo pai precisa gastar o equivalente a um carro popular em ortodontista para consertá-los. Juro que nem sei como chegamos até aqui com a coisa indo tãããão mal. Sem falar na depressão, é claro.

Sobre as Patinhas Feias, vou ter que pesquisar. Mas acho que Bukovsky, nem pra equilibrar, viu? Complexo demais.